Adicto
Triste sina de quem se lança, como eu, enlevado
A experimentar na vida de tudo um pouco,
Sem chão, raízes ou destino, pelo vento levado
Ao léu, inconsciente, demente, como um louco.
Em espirais crescentes vaguei pelo infinito,
Ao aspirar de teu corpo o suave perfume,
E ao sorver teu néctar tornei-me um adicto,
Prisioneiro em tuas mãos como ave implume.
E se hoje me revolvo em meu leito vazio,
Que ainda exala dos lençóis teu suave olor,
Ainda com as marcas de nosso amor em cio,
Consciente, sei que serei um eterno dependente
Destes carinhos que me escravizam, de teu amor,
Prefiro assim sê-lo, morrendo a cada dia, lentamente.
Triste sina de quem se lança, como eu, enlevado
A experimentar na vida de tudo um pouco,
Sem chão, raízes ou destino, pelo vento levado
Ao léu, inconsciente, demente, como um louco.
Em espirais crescentes vaguei pelo infinito,
Ao aspirar de teu corpo o suave perfume,
E ao sorver teu néctar tornei-me um adicto,
Prisioneiro em tuas mãos como ave implume.
E se hoje me revolvo em meu leito vazio,
Que ainda exala dos lençóis teu suave olor,
Ainda com as marcas de nosso amor em cio,
Consciente, sei que serei um eterno dependente
Destes carinhos que me escravizam, de teu amor,
Prefiro assim sê-lo, morrendo a cada dia, lentamente.