Abstrata
Quando a tomo em minhas mãos, gentilmente,
E a miro como se fosse a mais bela das flores,
Na perfeição de suas formas, em minha mente,
A divagar, devagar, inebriado por seus olores.
Eu a sinto como se a síntese de todos amores
Que tive, a quintessência buscada em minha vida,
Remissão a meus pecados, lenitivo a minhas dores,
Bálsamo aos queixumes de cada lágrima vertida.
Brincante na suave penugem que a emoldura,
A desfolhar suas pétalas, uma a uma, lentamente,
Em busca da essência que me conduz à loucura.
Doce absinto que me entorpece, que me refrata,
Pulsante em meus lábios ávidos, desvanecente,
Diluída no universo do amor, abstraída, abstrata.
Quando a tomo em minhas mãos, gentilmente,
E a miro como se fosse a mais bela das flores,
Na perfeição de suas formas, em minha mente,
A divagar, devagar, inebriado por seus olores.
Eu a sinto como se a síntese de todos amores
Que tive, a quintessência buscada em minha vida,
Remissão a meus pecados, lenitivo a minhas dores,
Bálsamo aos queixumes de cada lágrima vertida.
Brincante na suave penugem que a emoldura,
A desfolhar suas pétalas, uma a uma, lentamente,
Em busca da essência que me conduz à loucura.
Doce absinto que me entorpece, que me refrata,
Pulsante em meus lábios ávidos, desvanecente,
Diluída no universo do amor, abstraída, abstrata.