O HOMEM E O ANJO
Coração solitário,
rio sem água,
mensageiro da mágoa.
No imaginário
corre para existir,
num sombrio cenário.
Silêncio sem voz,
viver sem rimar
sem haver nós,
aclamar,
o anjo sem o homem,
o homem sem luz.
Mulher meu anjo.
Presente celestial,
estrela iluminada,
cintila a desvendar:
no céu,
não há luz igual.
Escuridão
se ilumina na terra
quando do céu
um anjo chegar
para proclamar
o fim da solidão,
da espera.
O homem sem anjo
é rio sem mar,
sem razão de existir
não sabe para onde ir.
Quisera eu unir
rio e oceano,
o homem e o anjo.
Rudimar Hauenstein