Jogar o barco ao mar,
Ouvir seus murmúrios 
inquietantes...
Levantar o corpo vergado
que grita dores e saudades
em lamentos guardados...
Sentir a primeira estiagem
após longa tempestade...
Plantar asas no dorso,
Planar sobre ondas cantando
as dores de todos os fados...
Derramar no profundo pérolas
desgarradas que um dia foram
grandes ondas que desmancharam
Em praias caladas...