Vivendo sem Sonhos

Morena feitiço,

Corte sem dor,

Corpo que faz queimar no frio,

Arrepio de calor.

Alucinações,

Desejos e pecados,

Impulsos incontroláveis,

Êxtase completo,

Toques e delírios,

Sono profundo,

Sonhos esquecidos.

Seus raros sorrisos,

Onda que rola sobre a areia,

Sem se dar conta do canto das sereias.

Fim que não teve início,

O mais curto dos saltos,

No maior dos precipícios.

Olhar pelos desertos,

Visão de oásis,

Que duvida do caminho certo.

Aconteceu que o sonho bateu a sua porta,

E a vendo sobre o leito, totalmente desfalecida,

Acreditou que agonizava,

Nos seus últimos momentos de vida.

Voltou pelo mesmo caminho,

Que antes havia entrado,

Tomou outro rumo incerto,

Completamente ignorado.

Sonhar é direito de todos e privilégio de poucos.