Caminho do amor

Em sua floresta, perco-me em desejos,
Entre folhagens, desfolho os seus beijos,
Banhando-me em águas do regato.
Em trilhas, que só mesmo eu conheço,
Vejo-a transformada pelo avesso,
Sem o mínimo pudor, e nem recato...

Procuramos nos labirintos, o encontro,
Numa busca incessante, sem confronto,
Onde almejamos, no final, só o prazer...
Em suas mãos, desmancho-me em carinhos,
Que me trazem de volta aos caminhos,
Que tresloucado, me perdia, sem saber...

Enquanto os regatos murmuravam,
Os sussurros, que meus sentidos afetavam,
E a via, sem recato, ou sem pudor,
Procurando minha volta entre anseios,
A guiar-me pelo arfar só dos seus seios,
É que descobri o caminho do amor!