SOFISMA

Foi um adeus lacônico

não houve lágrimas, cena

de arrependimento nem palavras ao léu.

Não houve mãos para o alto traduzindo

acenos arrependidos, houve apenas

o silêncio selando nossos destinos.

O tempo passou ninguém se procurou,

ninguém se deu conta do que aconteceu,

cada um foi para seu canto em

atitude de desencanto

ou talvez,

até para tentar curar os ferimentos

daquilo que foi lesado, resultado

da sua ou da minha ingratidão.

E mais uma vez a majestade

da solidão se fez presente,

tomou conta de tudo, determinou

procedimentos, reinou com punhos de aço

sem se importar com quem amou,

afinal quem é que de nós se importou?

Por fim, vez ou outra

um virtual encontro, troca

de olhares cada um dizendo

estou com saudades...e porque

não voltar correndo para

aquecer e deixar o coração contente?

Wil
Enviado por Wil em 11/06/2007
Código do texto: T522704