SOFISMA
Foi um adeus lacônico
não houve lágrimas, cena
de arrependimento nem palavras ao léu.
Não houve mãos para o alto traduzindo
acenos arrependidos, houve apenas
o silêncio selando nossos destinos.
O tempo passou ninguém se procurou,
ninguém se deu conta do que aconteceu,
cada um foi para seu canto em
atitude de desencanto
ou talvez,
até para tentar curar os ferimentos
daquilo que foi lesado, resultado
da sua ou da minha ingratidão.
E mais uma vez a majestade
da solidão se fez presente,
tomou conta de tudo, determinou
procedimentos, reinou com punhos de aço
sem se importar com quem amou,
afinal quem é que de nós se importou?
Por fim, vez ou outra
um virtual encontro, troca
de olhares cada um dizendo
estou com saudades...e porque
não voltar correndo para
aquecer e deixar o coração contente?