PRONOME

Eu queria um amor

Daquele jeito, assim

Igualzinho a tantos

Diferente de todos

De nenhum que já existiu.

Sem forma definida

Sem tempo ou lugar

Sem hora, sem norma

Sem regra, sem exceção

Nem um pouco aquém, mas muito além...

Do que leva a solidão

Mesmo incerto, circunspecto

Mas que não fosse pouco

E sim muito, bastante a todo instante

Sem ser nada, apenas o tudo...

O todo sem ser demagogo

Que fosse certo, jamais incerto

Sem ser um qualquer, que soubesse quem é

Que não mentisse, que não sumisse, que existisse

Que não olhasse pra outro alguém, pra ninguém

Que estivesse comigo onde e aonde eu fosse

Nos vários, nos cadas, nos quantos, nos quais

Enfim queria esse algo em que divago e naufrago

Não queria mais usar pronome, queria de fato saber o seu nome...

Vem, mata essa fome que consome esse que é o “teu homem”.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 01/05/2015
Reeditado em 19/11/2018
Código do texto: T5226676
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