Pétala de rosa
Imagino poemas mirabolantes,
Quando te deixei em casa há poucos instantes,
Seu perfume impregnado nas esquinas,
Ou sou eu que ainda sinto abraçar aquela menina.
Já colhi tantas flores,
Dos mais variados tipos, aromas e cores.
Enfeitar sua mesa de cabeceira,
Realçar o seu carinho com uma flor atrás da orelha.
A hora é inimiga insiste e demora,
O ponteiro é tão tímido tens medo de ir embora.
E aqui fico afobado,
Ainda no trabalho, remendo palavras a ti no guardanapo.
São tantos asfaltos inelegíveis,
Perdido nas ruas e tu me descobriste,
Que sempre te procurei estrada à fora,
Te achei quando deixou cair pra mim uma pétala de rosa.