DE MIM, POR SER ASSIM

Já que visitaste minha vida

Leva notícias de mim

Diz que me conheceu, enfim

E conta de toda a minha ferida

Avisa que a metrópole não me cabe

Antes que toda a esperança acabe

Diz a quem amo que estes são meu céu

Ainda que eu não seja estrela, cai-me o véu

Caiu o muro , caiu na prova, caiu em desgraça

Aquela atitude bela que uma atitude errada rechaça

Eu que tenho tudo tão perto, tão certo, tão presente

Muitas vezes digo-lhe que , de esperanças , estou ausente

Conta aos demais que quero paz

Além da paz , quero algo a mais

Para escrever nos alfarrábios, nos anais

Que, nesta vida, aquela pessoa me satisfaz.

Mas não vá embora sem antes me abraçar

Aquele abraço que toda a tristeza consegue abarcar

Alô, alô, felicidade, aquele abraço!

Pare o apressado passo, pari passu.

Volta aqui, ainda terei notícias a ditar

Mais do que tuas linhas de pensamento

Possam um dia vir a acreditar

Sou poesia, crença, desavença e alento!

RAPHAEL BARBOSA

RAPHAEL BARBOSA
Enviado por RAPHAEL BARBOSA em 30/04/2015
Código do texto: T5225471
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