BRUMAS DO TEMPO
BRUMAS DO TEMPO
Refletem sutis nas brumas do tempo
Toda clivagem de realidades nuas
Envoltas pelas lembranças tuas
Nas nuances soltas nos contratempos
Achas langorosas minhas vontades
Mas tal apresenta-se nua e crua
E meu pensamento vaga tua rua
Entrelaçando todas nossas verdades
Vive a propugnar por ti meu desejo
Que nunca será áulico do vil acaso
Pois amanheço sob teu ocaso
E ter-te é o que mais e mais ensejo
Esse é o apanágio dessa fragilidade
Perdido em tua florescente paisagem
Achando no pernóstico destino mensagem
E toda força centrada em tua personalidade
No esgrimir de nossas aladas diferenças
Nada obnubilará nosso denso querer
E mesmo sabendo que nada fiz por merecer
Estará sempre presa em minhas lembranças
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