.Intermitências.
Intermitências
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Eu doei a essas noites tão claras
Um estranho desejo de me sentir só
Um desejo desintoxicante de excessos
De sentidos rasos, do ficar sem estar
Do querer sem poder,
Do permitir, sem saber.
Quanto de mim ficou presente
sem curvas, sem flores, sem medos
quanto de mim tem se ausentado
que me fez tanta falta ?
quanto tempo tenho pra me restaurar por inteira
ou pra multiplicar o que perdi?
Quantas vezes se adia sorrisos e vidas
nos tolos receios da solidão que não se controla
da saudade que não vai embora
Onde liberdade é muito além do que estar só
Que pena demorar e perceber que é hora de pausar
De se sentir apenas seu
do meu jeito e nada mais.
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