SIMPLESMENTE SUBLIME!

Caminhei pela estrada vazia...

Onde a floresta e o pasto rugia,

Pelo som dos alagamentos de chuva,

Feitos moradas de sapos e rãs!

Sentia-me menos só naquele afã

De chegar ao sítio do pomar das uvas!

Mas não era pelas videiras carregadas

Que me debruçava no caminhar ligeiro,

Era pelo alegre sorriso de uma das empregadas,

Que me convidava a deixar de ser solteiro!

Ninguém mais linda... Sorriso aberto de dentes perfeitos...

Olhos brilhantes e voz suave, lindo jeito!

Mal parecia a camponesa agreste que o sol queimava...

Seus carinhos, seus beijos, seu corpo me abrasava!

E como foi difícil chegarmos a este envolvimento,

Tímida aquela flor me temia os procedimentos...

Seu coração batia de amor mas respirava nervosismo,

Tomei-a nos braços no parreiral, com amoroso cinismo!

As ações em muitos momentos falam mais que as palavras...

Não era assédio nem violência, pois a gente se amava!

E como era doce aquele entrega e não se entrega,

Aquele namoro sem espaço ao luar no se esfrega,

Até o dia em que no silêncio da alcova, simplesmente...

Nossas almas se encontraram em corpo sublimemente...

E cada vez que ando nesta estrada, a pé ou de condução,

Sinto meu desejo antecipar, e alvoroçar meu coração!