MARÍLIA

Amada minha, este pássaro

De asas podadas jaz

Enclausurado.

Um martírio de paredes

Frias,

Em exéquias vão-se

Os dias.

Meu idílio,

Tua imagem reflete

E ilumina minha alma

Solitária.

Um acalento.

Plebeu que da princesa

Não esquece,

Mas padece.

Sofro por não poder

Sequer segurar tua

Mão.

Hei de conformar-me

Com a alucinação.

O imaginar de tua

Imagem.

Posto que assim possuído

Por tal miragem,

Tenho coragem.

Marília meu anjo

Protetor,

Por ti olvido-me

Da dor.

Peço não esqueças

És venerada.

Esvai-se aos poucos

Minha mocidade,

Mas te amarei por

Toda eternidade.

Dirceu

Tânia Mara Camargo
Enviado por Tânia Mara Camargo em 11/06/2007
Código do texto: T521992