DROGADA SIM, GRAÇAS À DEUS!
Basta-me fechar os olhos: Logo sinto
O perfume de quem jamais pude tocar.
É um aroma inebriante e conhecido,
Que inalo com prazer, me drogando com o ar.
Sinto então tua presença amada,
Me envolvendo e me despindo rápido,
Ah, doçura doce! Ah, pureza imaculada!
Quem presenciasse chamaria de pecado...
Mas essas mãos ásperas, que vagueiam em minha pele nua,
São dádivas de um único amor verdadeiro,
De almas amantes, genuínas e puras!
Se esse perfume é minha droga, paciência;
Me drogarei mais e mais, com ansiendade,
Deixando o restante, por conta das reticencias...
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