A VOZ DOS DIAS
No mover do tempo,
Nos dizeres da alma,
A vida gira como um relógio,
Encontro-te em calmaria.
Palpitações,
Nada em vão eu diria,
Abdicando o “mim” em favor do “nós”,
Conjugando o verbo em todos os tons,
Perco-me de paixão na palavra amor.
Em meio ao marasmo corriqueiro daquele beijo platônico,
Acho-me em teus laços de ternura.
No cais onde encostadas estão as escunas,
Aprecio a voz doce das ondas em minhas lacunas,
As quais preencho somente de você,
Com tua, tão doce sua,
Voz.