Ontem eu vi outra estrela cadente!
Ontem eu vi outra estrela cadente
não tinha arrogância
só brilho
brilho de estrela solitária na constelação de Orion
cheirava a vento
passava ligeiro por uma estrada de luz
luz que ascendia a minha alma
eu
deitado sob o manto negro da noite
de cara para cima
para ver o nada da infinitude celestial
aceitei o convite intrépido da estrela cadente
mergulhei numa entrega total...
quem vê estrelas cadentes não pode fazer pedidos
seu rastro é um convite de inegável aceitação
a estrela caiu no meu coração
percebi o mote da poesia carne
macia e sedutora
era uma estrela sem pontas
de olhar circular
de beijo circulante
não machuca nada
mas estrelas também amam!
Por isso brilham mesmo depois de mortas!