Ontem eu vi outra estrela cadente!

Ontem eu vi outra estrela cadente

não tinha arrogância

só brilho

brilho de estrela solitária na constelação de Orion

cheirava a vento

passava ligeiro por uma estrada de luz

luz que ascendia a minha alma

eu

deitado sob o manto negro da noite

de cara para cima

para ver o nada da infinitude celestial

aceitei o convite intrépido da estrela cadente

mergulhei numa entrega total...

quem vê estrelas cadentes não pode fazer pedidos

seu rastro é um convite de inegável aceitação

a estrela caiu no meu coração

percebi o mote da poesia carne

macia e sedutora

era uma estrela sem pontas

de olhar circular

de beijo circulante

não machuca nada

mas estrelas também amam!

Por isso brilham mesmo depois de mortas!

Chico Nascimento ou Magonleji
Enviado por Chico Nascimento ou Magonleji em 24/04/2015
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