IR OU NÃO IR

Uma alma não é suficiente para conter

O intercâmbio intermitente do seu beijo

Percebo-te farejo e te desejo

Eu te esqueço e te relembro num lampejo

Eu voo pro espaço

Que já me parece tão escasso de espaço para te encontrar

Na brisa do seu beijo eu viajo

No entrelaçar de suas mãos me vejo preso em seus braços

No eclipse dos nossos corpos provamos aos sábios

Que é sim, possível dois corpos ocuparem o mesmo espaço

Amor, palavra inodora e sem cor, mas amar é salutar

É dar-se, doar-se, sanar-se sem isso a vida lhe consome

É alimentar com energia à quem te deixa minguar de fome

Trago comigo um infinito guardado num livro

Para que o futuro possa editar

Te amo, mas ao mundo eu omito porque assim acredito

Que o mundo vive aflito matando a vontade do amar

Ser ou não ser é uma forma de saber que ir e não ir é voltar