Abro as janelas de mim,
isto meu perfume,
desvisto meus pudores,
para receber tua alma
em minhas mãos.
 
Cubro-te de sonhos,
descubro as distâncias,
alimento nossas solidões,
sacio tua inquietude.
 
Encontro-te aonde nunca chegaste,
contigo danço nossa dança do prazer.
bebo da tua boca o tinto vinho,
saboreando do teu cálice.
 
Na noite sem lua,
aconchego-te,
me agasalhas,
faço-me teu lugar
assim, enroscados,

- unimos dois seres,  em construção.