Meu Moço Inspirador
Tu tens, por excelência, o dom de inspirar-me,
Tocas meu coração, com todo esse teu charme,
E descrevo
Em versos simples, carregados de emoção,
O bem que em mim opera essa imensa paixão,
Esse sossego...
És, por certo, anjo, meu Moço inspirador
Que leva esta poeta a escrever, sem nenhum pudor
Este poema.
Que me cala, mas transcede na ortografia.
Que me livra e protege de qualquer agonia
E problema.
Um porta-voz do mais sublime e puro amor,
Ao encontrar-te, enxerguei no desabrochar da flor,
O encanto
Que, na verdade, vejo nesse teu jeito,
Meigo, suave, que me envolve em seu peito
Como um manto.
Diante de tanto carinho, eu mesmo me pergunto
O que me ocorre, se contigo sei que estou junto
Agora?
Que a saudade invade o coração, os pensamentos
Desafia a física e materializa os nossos momentos
Me aflora.
Porque em teu ser eu sinto a mais forte e concreta
Forma de amar, que me envolve, me supre, completa
E faz
Crescer em mim, a cada novo dia,
A sensação desta incontida alegria
E paz...
Esse estado de espírito, essa leveza da alma,
Como se a natureza fosse a própria calma
E me possuísse.
Tornando-me a menina-mulher mais privilegiada
Como um camponês que desperta com a alvorada
E risse.
A mim se dirigisse, trazendo a inspiração
Que ocupa todo o espaço do meu coração
E dita
O conteúdo dos versos que, emocionada,
Transcrevo, num discurso bobo e apaixonado
Que recita,
Em cada linha desta humilde poesia,
A maravilha de ter a tua companhia
Só para mim.
Companhia essa que só sei amar e amar
Como um pássaro que até o horizonte quer voar
Sem fim.
O que seria desta pobre vate, enfim,
Se não tivera consigo alguém assim,
Sublime...
A mostrar-me, com o seu carinho,
Os passos certos, no sentido do caminho;
Me aluscine.
Tanto no exercer, da pura poesia, a arte,
Como no exprimir do maior prazer em amar-te,
Sou tua.
Sou o sossego a acariciar-te em versos plenos
Uma brisa que sopra em teu rosto doce, sereno
Na rua...