Quem Viver, Verá

Pra quê discussão.

Pode retirar

Desse barracão

Tua cama e o colchão,

O fogão e o sofá.

Leve o que for teu.

Quem viver verá.

O desejo meu

É que não dê vontade

De voltar.

Pois, aí, então,

Só vou te prometer

Te receber com a maior intenção

De te falar: nada posso fazer.

Não sei porque razão

Querer se separar.

Mas se essa foi a tua decisão,

Agora o negócio é enfrentar.

Rio, 01/09/1977