NAS ASAS DO AMOR

Dentro de ti eu moro

Eu te imploro meu amor teu oxigênio é meu solo

Teu corpo é meu endereço meu soro que me faz viver

Obumbrada são minhas lagrimas

Quando não tem teu solo pra cair

Teu vento outonal tem a árvore pra me despir

Ir-se sem ti vestir-me

Seria como sair de mim

Sem me despedir-me em tua vertigem

Do espelho de teus olhos virgens

Como serafins que embalsamam visagens

Duas cachoeiras que me desnudam

Que se me soletram em minhas íntimas viagens

Se pudesse despudoradamente

Medir a compulsão do desejo latente

Que me mata de paixão ardente

Mesmo que morrendo

Sentir-se-ia a pulsação embrionária

Do ultimo suspiro que a minha’alma agoura

Que se arrancasse de minha alma vindoura e viajora

O castigo de morrer contigo grudado como mar e proa

E que pudesse eternamente repousar-te na tua que comigo voa

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 20/04/2015
Código do texto: T5213325
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