NAS ASAS DO AMOR
Dentro de ti eu moro
Eu te imploro meu amor teu oxigênio é meu solo
Teu corpo é meu endereço meu soro que me faz viver
Obumbrada são minhas lagrimas
Quando não tem teu solo pra cair
Teu vento outonal tem a árvore pra me despir
Ir-se sem ti vestir-me
Seria como sair de mim
Sem me despedir-me em tua vertigem
Do espelho de teus olhos virgens
Como serafins que embalsamam visagens
Duas cachoeiras que me desnudam
Que se me soletram em minhas íntimas viagens
Se pudesse despudoradamente
Medir a compulsão do desejo latente
Que me mata de paixão ardente
Mesmo que morrendo
Sentir-se-ia a pulsação embrionária
Do ultimo suspiro que a minha’alma agoura
Que se arrancasse de minha alma vindoura e viajora
O castigo de morrer contigo grudado como mar e proa
E que pudesse eternamente repousar-te na tua que comigo voa