AQUELE HOMEM QUE AMEI
Em certas horas me pergunto.
Onde andará aquele homem que amei?
Onde foi parar?
Ele tinha uns olhos.
Deus! Eram uns olhos de matar.
Neles eu costumava me afogar.
Ele tinha umas mãos que sabiam ofertar.
Mãos de entregar.
Onde é que ele foi parar?
Ele tinha uma boca que jurava que só a minha ia beijar.
A gente em promessas consegue acreditar.
Porque quer sonhar.
Porque o mundo é mais colorido, mais bonito quando vive só pra amar.
Onde andará aquele homem que esteve comigo na adolescência. Na juventude. Na idade adulta.
Ele dizia que me achava culta.
Dizia que o mundo era encantador porque me tinha um imenso amor.
Os caminhos do mundo o seqüestraram de mim?
Foi assim?
Tudo nesta vida tem a duração de uma flor de jasmim?