Amor, delírio ou destino?
Amor, delírio ou destino?
Amor de certos dessentidos
Como se pode tanto sentir, tanto querer
mesmo longe afora o mar vagueia
— amar, amar e amar e pra vida inteira?
E Amei...ah, como amei e nem tampouco viu o quanto
— dedicação, loucura, ternura e extremos
Cismou meu coração, teimou me a alma,
Sonhos suaves de amor
não eram difíceis de se ter
(por que não foram?)
Eu, você, ambos, nós, outra terra
Oásis, templo ou paraíso
Campo e águas só nossas escorriam de alegrias vividas
E num sobrepujar estranho
fiquei sem meu grande amor
e nem sabia o quanto grande ele o era
Me restou seu nome, sua voz — que só eu ouvia
na suavidade da brisa, no sussurro noturno
Da sombra solitária do arvoredo
na harmonia dos astros que não toco
Nos suaves toques de algum violão,
Que à noite o silêncio realçava
lágrimas quentes apertadas de saudade
Lançei fora meu prazer do meu seio ardente.
Ah! quantas vezes, quantas
Senti tua pele comigo,
junção do ser e de tanto querer;
teus suspiros eram me cantigas de gostos
respirava-me ao escorrer-me nos seus lábios
Perdia-se nos meus cabelos envolto
Na mágica fragrância de te se produzir em mim
instantes de prazer que nunca de mim desfaço
Cada sorriso seu era uma esperança,
E cada esperança, mais um enlouquecer de amores.