Mas há a vida
Desfigurada, imersa em farrapos,
Que é para ser intensamente vivida
Ainda que entrelaçada de soluços e dor...
Há o amor
A vislumbrar-se em sombras silenciosas
Que tem que ser vivido
Até a última gota.
Exaustos momentos percorrem a alma...
Opção imersa em lutas intermináveis...
Sem nenhum medo.
Sem fugas e ruídos...
Não mata.
Plenitude do ser em uma travessia inominável,
À beira de (des)encantos...
Lamento sonoro a dedilhar saudades...
Clarice Lispector