Noites indignas,

Noites indignas,

Da força se fazem dia

Ninguém descansava

Ninguém dormia,

O tempo assim passava

No trabalho, o sono fugia

As pernas tremiam

Do cansaço do dia

Onde os olhos não dormiam!

Há noites malditas,

Turnos barulhentos

Vida de trabalho

De suor, de sacrifício

Onde as noites, as ditas,

De olhos fechados sonolentos

No regresso que suplicio,

Ver de longe nascer o dia,

Usar tudo o que sabia,

Mais um pouco e já caia,

Do cansaço, da fadiga,

Num abraço, caímos no leito

Eu abraçado, teu corpo rodeando

Tu com a cabeça no meu peito,

Caímos no sono, novo dia sonhando!