Ostenta-te .

Doce amada que de mim ostenta-te vós;

À contigo amar ó flor deste meu jardim!

Da lua que deveras,

De minha voz que por ti contendas.

Sob o vento que perturba-me o siso;

Algemado calado por ti, de minha alma;

Andas no vaso do barro frio!

Olhes a primavera que por mim domina-te!

Tarda este meu coração um alento;

Suspirai minha vida, diabra-me o espírito!

Sê de minha rosa, fulgura esta mágoa;

Ostenta a macieira de um beijo teu;

Silencias, da noite olhada!

Por teu corpo nu, debruçado ás mãos, te tocar.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 11/04/2015
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