Flores Campestres .
Tudo é a voz do teu corpo e não importa
a distância que a ouço nesta minha vida.
Estrada de duas pontas silêncio na alvorada fria!
Águas de verão, flores primaveras de duas estações.
Ao trigo que deita o pão de minha alma recolha-me;
Ao nascer de minha paz aos dias que transpiro o viver!
Ardente lume das gotas pintadas do vento pelos versos,
procurai-me sozinho, deste entardecer pelos meus sóis.
Irei e residirei o transcender conhecido da amálgama;
Este solo neutro de um vulcão negro aos barros da vida.
Perpasso pelos alinhos do âmbito, suspirar de amores...
Conhecendo as areias dos amanhãs o gritar sem mim.
Afundai-me, meu amor, nas ruas que o tempo tem!
Decretas muitos versos, ao meu corpo, transpirado.
Vivificas aquele amor que nos deixam ao desfavor...
E por minhas noites que um dia selas está minha dor.
Acoberta-me no linho a seda do teu amor em distância;
Afugentas o meu frio no olhar faceiro deste, teu mundo!
Faça-me nascer das lamas, como lindas flores campestres!
E molhe-me uma vez, pelos encantos dos teus lábios.