Flores Campestres .

Tudo é a voz do teu corpo e não importa

a distância que a ouço nesta minha vida.

Estrada de duas pontas silêncio na alvorada fria!

Águas de verão, flores primaveras de duas estações.

Ao trigo que deita o pão de minha alma recolha-me;

Ao nascer de minha paz aos dias que transpiro o viver!

Ardente lume das gotas pintadas do vento pelos versos,

procurai-me sozinho, deste entardecer pelos meus sóis.

Irei e residirei o transcender conhecido da amálgama;

Este solo neutro de um vulcão negro aos barros da vida.

Perpasso pelos alinhos do âmbito, suspirar de amores...

Conhecendo as areias dos amanhãs o gritar sem mim.

Afundai-me, meu amor, nas ruas que o tempo tem!

Decretas muitos versos, ao meu corpo, transpirado.

Vivificas aquele amor que nos deixam ao desfavor...

E por minhas noites que um dia selas está minha dor.

Acoberta-me no linho a seda do teu amor em distância;

Afugentas o meu frio no olhar faceiro deste, teu mundo!

Faça-me nascer das lamas, como lindas flores campestres!

E molhe-me uma vez, pelos encantos dos teus lábios.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 10/04/2015
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