Verdades destes Afins .
Despeças de mim, sufocando-me nas paredes,
Guarde-me no teu olhar o brilho desta noite nossa.
Roseis a solidão de nossos lábios envergonhados!
E retire dos meus beijos, as verdades destes afins.
Feche os olhos no silêncio da chuva e molhe-me!
Estanque o calar de um horizonte distante de mim;
Deixe-me voar por teus braços nas funduras das
pétalas que caem aos confortos dos chãos quentes.
Permaneças no ar que respiro de ti o meu desabrochar!
E não deixes de caminhar pelo meu corpo que eclusas.
E tenhas em suas mãos a estrela que nos mantém unidos.
Restando para o inverno o calor de nossos corpos nus!
Entrelaçando ao tempo seus descaminhos ao mar suave,
desaguando em nossos corações o suor de nossas almas.