Verdades destes Afins .

Despeças de mim, sufocando-me nas paredes,

Guarde-me no teu olhar o brilho desta noite nossa.

Roseis a solidão de nossos lábios envergonhados!

E retire dos meus beijos, as verdades destes afins.

Feche os olhos no silêncio da chuva e molhe-me!

Estanque o calar de um horizonte distante de mim;

Deixe-me voar por teus braços nas funduras das

pétalas que caem aos confortos dos chãos quentes.

Permaneças no ar que respiro de ti o meu desabrochar!

E não deixes de caminhar pelo meu corpo que eclusas.

E tenhas em suas mãos a estrela que nos mantém unidos.

Restando para o inverno o calor de nossos corpos nus!

Entrelaçando ao tempo seus descaminhos ao mar suave,

desaguando em nossos corações o suor de nossas almas.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 10/04/2015
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