Brumar de Rios Ardentes .
Sinta meu ombrear e venha adormecer no fim!
Insistas em meus lábios o tocar dos teus encantos.
Procurai, diante de mim, seus encontros perdidos;
Beije, beije-me, oh beija-flor, dos mares salgados;
Silencia teus cânticos nas auroras dos fins deixados;
Brumar de rios ardentes d'outrora do galgo supremo!
Girantes pelas moedas os seus lados, por nós dois...
Da ponta dos amuletos, suas obsessões pelos chãos!
Atordoa-me, teus gritos pelas paredes nuas e cruas...
Cinzai, por este nelo o teu beijo das flores flutuantes;
E molhes o olhar de grivo o teu ser de carinhos meus.
Oh doce veneno de vespa, circunda-me no casulo réu!
Sibiles meu canto em tua alma discreta, pelo sol da noite;
E deite-se, no pousar de minhas asas, com teus aromas.