Oh Flor Negra .

Oh flor negra desabrochada do penhasco raro!

Buscai-me, meu ventre em teus lábios escarlates,

Verdes és tua dor, rosas és de pétalas sem céus;

Cobre-me no verso exato, da tarde nevante a sós.

Donde verás, o polir das águas em bálsamos tidos!

Encontrai-me, aos chãos, entre as areias das luas...

Donde és teus olhos, sob dizer das auroras brancas;

Resguarda-te oh pranto de minhas lágrimas sofridas.

Entrega-te teu corpo oh linda mulher minha desejada;

Nos meus braços dançantes da canção, no viver ao teu

prazer acometido em meus lábios molhados entre eles.

Fulguras na prata teus acamares das camas fecundas...

Tentai-me nas noites sobre os véus das estrelas donde

cortejas danças por meu corpo, no desfile do teu gozo.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 10/04/2015
Código do texto: T5201631
Classificação de conteúdo: seguro