Ponta da Tâmara .
Suave como beija-flor, teus beijos molhados;
Sentindo todo teu sabor na ponta da tâmara!
No calor dos corpos esbravejantes d'águas,
Silenciando o vapor no ater das nossas coxas.
Frisante no olhar a volúpia dos corpos unidos;
Por este silêncio que só as paredes nos sentem;
Exclamando, as descidas molhantes dos lábios.
O sufoco, vigia-nos nas curvas das respirações.
Se confidencia, pelos risos, macia e prazerosa!
Falas em meus ouvidos, desejos mais sonhados;
És da minha noite, respirações em gotas caídas.
Pelo meu corpo, vens deslizantes, vagarosa e nua!
Refazendo meu respirar, tua sede, de cama vazia;
Defronte aos espelhos, tecendo todos teus anseios.