Espelho Censurado .
Madrugada sem cor aos teus olhares de paixão!
Onde caminham minhas mãos, procuras por ti...
Esconde teu beijo, entre as mãos faceiras nuas!
Perca-me neste sua voz, no espelho censurado.
Caminho de amor, coração de pavor, nossos vícios;
Inquieta em voz, felina no pensar, ardente-molhada.
Dizei-me oh lua, se és minha prata por meu corpo ao
tê-la tão profunda na distância do meu beijo desnudo.
Simples e envolvida como as areias suadas na pele;
Entregada, amada, acariciada pelos meus lábios grivo.
Serenas à minha vida, onde estais tuas mãos asidas!
Entregai-me oh amada nestes teus abraços, absortos;
Entre as luas que caem nossos corpos despreparados!
Vigiai-me sobre a aurora, de encantos ao meu corpo nu.