BEIJO DE CABOCO
No lado molhado da noite em minha janela
O pássaro mágico soou uma voz de cascata
E na aura de meus cabelos fez a tua sentinela.
O pássaro mágico deu-me suas asas
Voei em direção ao som das águas
E naquele instante liricamente ímpar
Despi a pele do índio envolta no vento azul.
Embriaguei-me de Fênix americana
na palhoça encantada atrás do rio...
E no clamor de meu sangue de Potira
Saboreei o beijo do caboco no cio.