Silenciar-se N'águas .

Ao silenciar-se n'águas ao desnudo prazer!

Votarás em meu corpo, de pétalas fragrantes;

Do calor em minh'alma nua, descobre-se a sua.

Vigora-me, pelos seus feitiços de lábios tocados!

Translada, minhas palavras, primores em revelias.

Aprimorando nossos êxtases, sufocando toda paz.

Acarinha-me, tuas mãos, deixadas em momentos!

Acorrente, a lua, ao soprarmos, em jovem manhã.

Encontrando-nos, em marés habitadas, seu expirar.

Entre o penhasco da alvorada, aos toques dos céus!

Voltando para pulsar o recolher do meu peito aberto.

Formam-se carinhos, por minhas mãos em sua face.

Desenha-se, de auroras, escondida diante à paixão!

Do calar que acompanha o absinto, vidas encontradas.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 07/04/2015
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