Na Frente do Mar .

Ao teu olhar doce, como mel da romã!

Deste esfoliar ao pólen seu luar

entre sua pele molhada.

Dilatando teus lábios nas chuvas;

Ao provocá-las sem questões ardentes!

Linda e com a maciez do vento

em nossos corpos aromáticos!

Contendo tuas mãos

no tocar dos dedos em minh'alma

adivinha minha voz que fascina teu ouvido.

Aos prantos do mar,

Das cores dos arcos-íris que velejam,

Pelas orquídeas em flores de maça,

Entre o caule da rosa e suas pétalas belas,

Pelas manhãs que entardecem a aurora do sol.

Com teu corpo desnudado, minha vida encontrada!

Desliza sobre minha pele sua boca,

deixando teu olhar, aos meus olhos fixados!

Desenhando o silêncio nu, em paredes envergonhadas!

Ao calor, d'almas nas chamas das espumas caídas...

Ali e Aqui tão pertinho se unindo em motivos feitos nas

horas atrás, do tempo escrito em solidões fantasiadas.

Descrever teu corpo com minhas mãos,

Falando em teu espírito com meus lábios,

Entregando-me aos vícios que, você contém!

Este Amor...Por meu Amor!...Atenho-me Galgar;

Atravessando os cristais;

Pelos destinos de nossas,

Almas Gêmeas...Encontrando-se de horas,

fazendo os caminhos seus minutos revelados.

Ao suspirar a vida, por tua boca, invadindo-a!

Tão Calma e Bela nas fragrâncias das peles nuas.

Pelo cortar do sangue ao frio das manhãs sem flores,

Escapando teu corpo entre o meu,

decifrando as luas e os segredos da noite infiel...

Pelo colar dos cometas, aos fascínios dos rios sentidos.

Bem Ali, vou seguindo tuas curvas em combinações guisas.

Ah Amor, o fel se desanda na dor do mel em loucuras

nas linhas, deixando suas angústias feitas de prazeres!

Ao dilema contido, em versos bárbaros e tão nossos...

Do colher da vida, ao poder de ver o brilhos cristalizarem.

Ao se unirem dois corpos perfeitos, na frente do mar.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 07/04/2015
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