Braços Dados
Tantas vezes eu disse que te amo,
Por muitas vezes sozinhos com meus desenganos,
Me inchando, pensando e não falando,
Fitados os olhos nas tristes cebolas ficava chorando.
Te adorava, com sede te chamava,
Seu alento, incógnita linda namorada.
Você no seu canto não me ouvia,
Nada sabia das minhas lamúrias e eu seu nome não sabia.
Quantas ondas que nas areias eu pisava,
Tristes passos hoje apagados naquela mesma praia,
O vento bailava as folhas dos coqueiros,
Que não me banhei em vagos braços traiçoeiros.
Em festas, boates, champagne, second life,
Não apareci, também não fiz minha parte,
No nosso entrelaço, onde nos encontramos em abraços,
Não somos mais solitários, eu e meu amor de braços dados.