UM AMOR QUE SE FOI

UM AMOR QUE SE FOI.

Dedicado a minha amiga Mirian Maria Motta

Enquanto a noite não me roube a hora,

Hei de fazer um verso que fale de amor

Que se foi, como o perfume de uma flor

Nas asas da brisa, ao romper da aurora.

Homem inculto, de coração em ruína,

Tornei-me menino... importuno instante...

Lágrimas de sal manchando o semblante,

Escravo da dor, d’alma pura e peregrina.

Foram tantas buscas, tantos desencantos!

Para suportar melhor minhas loucuras,

Procuro esconder as minhas desventuras,

testemunhas silenciosas de meus prantos.

E me pergunto: por que sofrer tanto assim

Já que não tenho o que desejo e mais preciso?

Conformar-me-ia apenas com um teu sorriso,

Ao fingires voltar, quando passares por mim.

Egê - sp

EGÊ VALADARES
Enviado por EGÊ VALADARES em 02/04/2015
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