A Foice, O Machado e a Guilhotina ( versos e rimas)

E ela cortou

como quem cortou cabeças,

como quem dormiu de um sono profundo

e perpetuou lâminas rente a nossa inércia

E ele decorou com sangue sua exuberante potência

e mostrou ao que veio

com quem não veio a nada

mas precisava de tudo

dominando a mente e o peito batendo fracamente

em busca do vão entendimento

E ela senhora dona das dores e das belezas constantes

do que radia, sendo radiante

de sentimentos torpes

de gênio brilhante

afiada ainda cortante

Palavras que saltam e rasgam o que ainda não é indolente

sem real intenção

com toda intenção oculta

palavra mais extensa

palavra mais curta

bruta, complexa, sensorial

extrajudicial,

palavra numérica

palavra transcrita

palavra que corta o papel

sem cerimônia

nesta tarde tão doce, de agonia risonha

poesia de pobre louvor as palavras que somam versos, criam rimas

e são minha noite de insônia...

Cortantes como vidro...que nesta foi esquecido!

Gammy
Enviado por Gammy em 31/03/2015
Código do texto: T5190392
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