Noites Algemadas .

Tenteias minha dor em versos de amor;

Desamor, amando-te em espinhos rebeldes!

Empolgante como as noites de solidões,

Perfumadas e belas por duas almas.

Tarde fresca, beleza suspensa na presença;

Voltando ao tempo, descrente ausência minha!

Força e traço, deste viver sem ter tua paixão,

Contido e tenso beira-mar, afogando-me em amor.

Tento coração desejado destes prantos assolados!

Ventre ferido, dor que ressacam minhas palavras,

Banhadas em volta a redondeza dos meus abraços,

Acolhidos e passantes, moendo minhas presenças...

Ao tê-la, tanto ali devagarinho, meu amor onde vais?

Se na calada presença, persigo-te sem fins ao viver!

Solidão passada é solidão amiga de estar contigo em

noites algemadas,destas arestas descendo meu corpo.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 31/03/2015
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