NO COLO DA SAUDADE

As horas,

ágeis horas,

horas lebres

pisando cada instante

a devorá-los,

famintas e nefandas,

horas feras...

Fulminam tudo

em doida e bruta febre,

desarvorando o tempo

em bravo abalo;

encerram no passado

o alvor quimera.

Mas salvo o beijo teu

de tal maldade,

guardado em mim,

no colo da saudade.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 31/03/2015
Reeditado em 01/04/2015
Código do texto: T5189627
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.