A deidade dela
Onde o véu era puro, a cabeça de Brahma a casta tua
Do negro dos teus olhos, sentenciei-me a pária feliz
Complexa e tão especial, presenteou-me a lua
No propósito de todas as coisas nossa história é raiz
Revelar-te divina em pedestal era propósito meu
Minha Deusa venerada por tantas eras em mim
Na curva da eternidade a beira-mar me fiz Romeu
A beber do cálice teu diva te fiz e sobreveio o fim
As bruxas me deixaram às trevas, mas tu me ergueste à luz
Do céu ecoou a sentença, céu e terra, noite e dia
Da revolta surge a rebelião e com ela a cruz
Por ti os leões foram a retiro, esqueceram a Guerra
Surge outra era e a esperança ainda viva desperta
A lembrar a Deidade dela por reviver na terra