BOÊMIO ALADO
Se eu tivesse a inspiração
De Adoniran, de Cartola ou outro gênio
Eu jogava essa vida insossa pro ar
E me tornaria um poeta boêmio
Desses que vive cada amor
Como se fosse o último, infinito
Que a única obrigação é seguir o coração
Mesmo que pareça esquisito
Viver a vida pela lei da paixão
Aproveitar cada momento
E amar cada mulher
Com o verdadeiro sentimento
Entre tragos de uma cachaça boa
Viver no sossego de meus versos
Sem rotina e sem obrigação
Assim quero ser, confesso!
A cada alvorecer uma nova aventura
E quando numa rede eu me aquietar
Que seja com um xamego bom
Que é pra a gente se amar
De preferência numa casinha
Pra que um tempo a gente possa viver
Toda a pureza de um verdadeiro amor
Que me faça aos outros esquecer!