APENAS UM ROSTO
Apenas um rosto entre tantos que passam
Que olhamos sem fixar apenas casualmente
Mas sempre na busca de um traço que lembre
Um rosto marcado na trajetória de uma história
Quantas esquinas dobradas em vã expectativa
Quantos olhares trocados tentando ler um sinal
Que não acontecem ou deixam dúvidas na mente
Que tenta ler em cada novo olhar um certo que
E nesta eterna busca do invisível que se faz visível
Ou apenas sarcasticamente vive um jogo sem nexo
Preenchendo um tempo quem sabe por quais razões
Talvez de manter vivo um sonho gravado no tempo
E nesta colcha de mil retalhos de mil rostos e histórias
Entrei na roda viva de desvendar decifrar e quem sabe
Achar na longa relação de faces um pouco só de você
Imaginando qual será o atual personagem do momento
Tantos rostos com tantos sorrisos e tantas insinuações
Aos poucos vou perdendo o ser verdadeiro que muito amei
E hoje sem referência não tenho mais com quem sonhar
Ou alguém que vive negando a sua própria face à vida