APENAS UM ROSTO

Apenas um rosto entre tantos que passam

Que olhamos sem fixar apenas casualmente

Mas sempre na busca de um traço que lembre

Um rosto marcado na trajetória de uma história

Quantas esquinas dobradas em vã expectativa

Quantos olhares trocados tentando ler um sinal

Que não acontecem ou deixam dúvidas na mente

Que tenta ler em cada novo olhar um certo que

E nesta eterna busca do invisível que se faz visível

Ou apenas sarcasticamente vive um jogo sem nexo

Preenchendo um tempo quem sabe por quais razões

Talvez de manter vivo um sonho gravado no tempo

E nesta colcha de mil retalhos de mil rostos e histórias

Entrei na roda viva de desvendar decifrar e quem sabe

Achar na longa relação de faces um pouco só de você

Imaginando qual será o atual personagem do momento

Tantos rostos com tantos sorrisos e tantas insinuações

Aos poucos vou perdendo o ser verdadeiro que muito amei

E hoje sem referência não tenho mais com quem sonhar

Ou alguém que vive negando a sua própria face à vida

Celi Romão
Enviado por Celi Romão em 30/03/2015
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