AVE DE RAPINA
AVE DE RAPINA
Teu rastro decora os céus
Apertado de estrelas
Um cheiro de amor incendeia
O palco nobre da emoção...
Na pele que arde a febre do apraz,
Sua a paz... Acalma minha fúria.
Num encontro entre a brisa e a sublimação
De um olhar frente ao mar,
A sintonia que une a luz e a escuridão
No fôlego fugaz da solidão
Quando assusta as chuvas de verão.
O pisar das folhas secas no chão da tormenta
Quando a saudade alimenta,
Caindo no solo sedento do fruto,
Do absoluto...
A reza escondida no quarto do coração
Quando as lágrimas afogam os lábios,
E emudecem a alma,
O amor resvala
E voeja...
E o homem viaja no universo
Procurando pouso,
No colo de quem deseja.
Marisa Zenatte