LÁSTIMA

No levitar da alma

Em noturnos devaneios,

Ausenta-se da cama

Os sonhos, os anseios.

Chuva fina na calçada,

Escorrem as lágrimas,

Sentimentos e enxurrada

Misturam-se na madrugada.

Mariposas atordoadas

Voam molhadas pela rua

E caem mortas sem asas,

Sob o olhar triste da lua.

Caminhando sem destino

Vão-se as esperanças,

Sou réu e lastimo

De ti só restar lembranças.

Tânia Mara Camargo
Enviado por Tânia Mara Camargo em 08/06/2007
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