AMOR DE POETA

Amo a rosa tatuada em teu rosto, a tua boca.

O beijo selvagem que explode feito rio que deságua no mar

Este riso espontâneo, malicioso, que meu desejo aflora.

Contigo amada por toda a vida quero ficar.

Amo teus cabelos negros, cheirando flores do campo.

Vasta cabeleira que brilha como noite sem luar.

Feito menino fico perdido,

Sou homem e sou criança, um poeta a te amar.

Amo a mulher que habita neste corpo,

Dele desvendo os segredos mais íntimos,

Sou guerreiro vencido.

Esta tua cintura, moldura que me deixa louco,

Um caminho sinuoso que termina, abrindo

As portas do paraíso.

Amo teus olhos da cor inexplicada

De ave noturna,

Que pousa nos meus,

Buscando a luz do dia.

Amo teus braços porque são a grande armadilha,

Prisioneiro voluntário de um forte abraço,

Foge-me o tempo,

Não sei se é dia...

Não sei se é noite...

Tânia Mara Camargo
Enviado por Tânia Mara Camargo em 08/06/2007
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