VAGAS LEMBRANÇAS

De um sentimento que não se continha

de tanto querer bem e explodia a

qualquer momento, de repente nada

mais se ouviu a não ser sentir o vento que

passou a ondear cidreiras e despetalar rosas.

Nada mais aconteceu apenas a severa

obediência ao preceito trivial, o convívio

passou a não ter mais seus encantos e o

descaso passou a evidenciar que espécies

distintas não convivem no mesmo habitat...

Até o surgimento de um novo botão de

rosa deixou de ter importância, se o sol

deixasse de nascer ou se as noites chegassem

sem a lua e sem seu ar da graça o ato teatral

fazia de conta ter seu curso normal...

Nenhuma testemunha para narrar a

derrocada total, nenhum vestígio de vida

para testificar se houve alguma coisa

perfeita em meio a tantas ruínas...

Na memória vagas lembranças que

que fazem submergir do passado apenas

palavras e posturas que representavam

ódio há muito tempo represados..., nada mais.

Wil
Enviado por Wil em 24/03/2015
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