NANO COR

Meu bem, meu bem!

nem sabe que amei.

Uma hora, dia desses,

acorda e pensa. Agora

não ousa, mede em

metros. Metrifica.

Meu bem não vê,

não pode – é nano lógico meu tesão!

Nos detalhes, meu bem, estão o deus

e a imperfeição.

Meu bem perde-se no vazio da rima,

informação esvaziada: essa mania

de querer-me e tão bem. Meu bem,

sabe: não sou gráfico, nem plataforma

apenas aplicativo que funciona.

Um dia desses acorda, penso. Por ora

atualizo: sistema salvo numa nuvem de algodão.

Antônio B.

Baltazar Gonçalves
Enviado por Baltazar Gonçalves em 22/03/2015
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