NANO COR
Meu bem, meu bem!
nem sabe que amei.
Uma hora, dia desses,
acorda e pensa. Agora
não ousa, mede em
metros. Metrifica.
Meu bem não vê,
não pode – é nano lógico meu tesão!
Nos detalhes, meu bem, estão o deus
e a imperfeição.
Meu bem perde-se no vazio da rima,
informação esvaziada: essa mania
de querer-me e tão bem. Meu bem,
sabe: não sou gráfico, nem plataforma
apenas aplicativo que funciona.
Um dia desses acorda, penso. Por ora
atualizo: sistema salvo numa nuvem de algodão.
Antônio B.