Face do Mal

Eu vivo nos esgotos do mundo

no cheiro fétido e asqueroso

em charcos malignos. tenebrosos

sou espasmos do mal, sou imundo

Eu existo em cloacas impuras

geradas por vermes precitos

nas chagas abertas sem cura

em mares dos limbos malditos

São ratos que roem o universo

devorando todo sonho que mata

minha própria razão e o resto

são palavras de ouro e de prata

Embale-me em berço de sêmen

dê-me de beber o teu sangue

corte-me em partes pequenas

extirpa-me das faces do mundo

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 21/03/2015
Reeditado em 21/03/2015
Código do texto: T5177834
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